Elemento da Fechada de prédio se desprende e mata idosa de 60 anos, no Recife
- diariosdeobra
- 8 de fev. de 2021
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Ao passar na calçada próximo ao Edifício São Cristóvão, na Rua da Aurora, Centro do Recife, uma idosa de 60 anos foi atingida na cabeça por um pedaço da fachada que se desprendeu e caiu. O caso aconteceu na manhã desta segunda-feira (8). De acordo com a Polícia Civil de Pernambuco (PCPE), a mulher não resistiu e morreu na hora.

“A gente conseguiu um vídeo do exato momento em que a pedra atingiu a vítima, que imediatamente caiu no chão. Segundo o perito, já morta. A gente fez uma investigação do outro lado da calçada, onde estávamos tentando ver de onde havia se desprendido o material, que já foi apreendido. Nós tentamos entrar nos apartamentos, para ver de onde teria se desprendido, mas não foi possível. A gente acredita que tenha sido de algum andar. Nós já contatamos o proprietário, para que o perito venha novamente aqui”, explicou a delegada Euricélia Nogueira à imprensa, que esteve pela manhã no local para investigações preliminares.
De acordo com a Polícia Civil, a mulher de 60 anos, identificada com Célia Barros, vinha caminhando pela calçada, “quando foi atingida por uma pedra que possivelmente se desprendeu do alto de um prédio atingindo-a na cabeça e ocasionando sua morte imediata”.
O Diario entrou em contato com a Prefeitura do Recife pelo telefone, que informou que a Secretaria-Executiva de Defesa Civil (Sedec), órgão competente por realizar vistorias técnicas do município, está no Edifício São Cristóvão, na Rua da Aurora, esquina com a Rua Riachuelo, na tarde de hoje realizando a perícia.
Em nota, a Prefeitura do Recife reforçou a informação de que equipes da Secretaria Executiva de Controle Urbano (Secon) e da Secretaria Executiva de Defesa Civil (Sedec) estiveram no local para tomar as primeiras medidas necessárias.
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“A Secon intimou o condomínio a instalar, de imediato, tela de proteção para evitar novos acidentes. Por sua vez, a Defesa Civil reforçou a necessidade de colocação da tela, solicitou a manutenção urgente da fachada e a colocação de “bandejas” para reforçar a segurança no local. Além disso, ampliou com cones e fitas o isolamento da calçada e da ciclofaixa situadas em frente ao prédio”, informa o texto. A Sedec ressaltou que é de responsabilidade do condomínio realizar a vistoria no prédio. “Vale destacar ainda que conforme a lei 13.032 de 14 de junho de 2006, é de responsabilidade do proprietário do imóvel e condomínio realizar a cada 3 anos vistoria das condições físicas do conjunto estrutural do prédio e atestar a segurança da edificação”, finaliza a nota.
A Polícia Civil instaurou Inquérito Policial e continua a investigar o caso.
Repercussão Diante do caso, o vereador Luiz Eustáquio (PSB) solicitou uma audiência pública para tratar sobre a fiscalização das marquises no Recife. Luiz Eustáquio estava a caminho da Câmara dos Vereadores do Recife, na manhã de hoje, quando viu um corpo estendido na calçada. “Nós precisamos ouvir a Diretoria de Controle Urbano (Dircon), a Defesa Civil do Recife, os Bombeiros e também instituições como CREA e o CAU, além do IAB-PE para discutirmos esse tema que é muito importante para a nossa cidade”, afirmou. O vereador já deu entrada no requerimento para a audiência pública que vai obedecer aos prazos regimentais para divulgar a data da audiência pública.
“A princípio eu pensei que um morador de rua teria sido morto com uma pedrada na cabeça. Mas depois soube que foi um pedaço de uma marquise que atingiu uma mulher de 60 anos, que faleceu no local. Foi uma fatalidade, mas que poderia ter sido evitada”, explicou o vereador.
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